domingo, 21 de agosto de 2011

RESUMO DO TEXTO: SILVA, M. Interatividade: uma mudança fundamental do esquema clássico da comunicação.

O autor para dar dimensão ao que se passa com os fundamentos teóricos da comunicação coloca em destaque o trio básico emissão-mensagem-recepção e evoca aquilo que M. Marchand chama de “uma mudança fundamental do esquema clássico da comunicação”. A modalidade de comunicação presente no século XX está centrada na transmissão, na distribuição, que são os fundamentos da mídia de massa: cinema, imprensa, rádio e tv.
Percebemos que muda no estatuto do receptor; o que muda em termos de participação-intervenção, quando a mensagem muda de natureza e o emissor muda de papel, sendo assim, a mídia de massa redefini suas estratégias de organização e funcionamento.
Na perspectiva da interatividade, é preciso que o suporte informacional disponha de flexibilidade, de disposições para a intervenção do usuário. Marchand, refere-se aos serviços que dispõem de flexibilidade, que permitem a intervenção do usuário. De consumidor passivo que era, o receptor pode se tornar ativo, na medida em que os meios dessa atividade estarão ao alcance de sua mão.
Empresários da informática reconhecem a demanda social por interatividade e anunciam o aprimoramento das tecnologias interativas. Eles prometem uma nova geração de aplicativos para a internet com funcionamento relativamente simples e preço acessível, prevendo que até meados desta década mais da metade da população mundial usará algum aparelho conectado à rede. Garantem maior integração de diferentes funções (vídeo, áudio, texto e interatividade) num terminal capaz de enviar, receber e tratar a informação. Vislumbra a possibilidade de o usuário interagir em tempo real com alguém, como videoconferência, ou vincular mídias clássicas como TV, cinema, rádio e imprensa à interatividade da rede.
Para Baudrillard, a interatividade nos ameaça por toda parte. Não há mais distinção entre homem/máquina: a máquina situa-se nos dois lados da interface. Talvez não sejamos mais que espaços pertencentes a ela...
Silva, não compartilha dessa visão simplificadora, que só enxerga a impossibilidade do gênero humano diante das máquinas contemporâneas. Já Sinova, parte da percepção de que os públicos são intrusos, no atual processo de comunicação. Acredita que as novas tecnologias possam remediar a situação desequilibrada do processo da comunicação, uma vez que permite a intervenção do receptor. Cada vez mais, os públicos estão reclamando ser ouvido, ter  espaço nos meios de comunicação.
Seguidores de Baudrillard, não acreditam na possibilidade social de participação-intervenção. Estão certos de que os receptores encontram-se passivos e sedentários em seus sofás e, o que seria ainda mais grave, não percebendo a programação como imposição, mas como necessidade.
O autor transita entre as polarizações interessado em potenciar uma nova competência comunicativa. Vê a presença complexa de duas tendências: mobilização e despolitização. Em favor da primeira e contra a segunda, não há como desconsiderar a emergência das novas tecnologias comunicacionais hipertextuais.

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